Procon abre inquérito policial contra site FuiVazado, que está fora do ar - Vida Celular

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O Procon-SP pediu uma abertura de inquérito policial ao Delegado-Geral da Polícia do Estado de São Paulo para avaliar as atividades do site FuiVazado. O motivo é que o checador não esclarece como conseguiu a lista de dados que permite averiguar. A instituição também suspeita do desenvolvedor do site recolher doações para manutenção.

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O FuiVazado se popularizou após o vazamento de 220 milhões de CPFs de brasileiros na Dark Web, um caso ainda nas mãos da polícia. A suspeita sobre o site cresceu após o site solicitar informações como data de nascimento e CPF para a verificação – o que parece óbvio, mas não deixa de ser uma má ideia.

O desenvolvedor do site, Allan Fernando, alega que o verificador possui mais acesso à mais de 223.739.215 de CPFs e 40.183.784 de CNPJs dos dados disponíveis ilegalmente. Para fugir das acusações, Allan disponibilizou o código do FuiVazado no GitHub, para demonstrar que o site não grava pesquisas.

Desde a abertura do inquérito policial, o fuivazado está inacessível sob o código de erro 1020 – que pode ser um protocolo do Cloudflare para evitar ataques DDoS. Outro verificador aponta que o site já está fora do ar.

Situação difícil

Até o momento, parte da idoneidade de Allan Fernando vinha do fato de que o desenvolvedor respondia abertamente todas as perguntas sobre a plataforma no GitHub. Mas em uma thread apagada no dia 01 de fevereiro, o programador Lucas Scoppio questiona ele conseguiu o acesso, ao que Allan disse que conseguiu o banco de dados no mesmo fórum. A resposta causou estranheza, pois os hackers exigiam US$ 223 milhões pela venda.

 

Em uma thread sobre as sugestões de criptografia, o criador do site respondeu ontem constatando que o uso das duas informações solicitadas é perigoso e desnecessário – só com elas, o usuário poderia consultar a situação na Receita Federal, por exemplo. Ele ainda disse que “o dono do site terá que se explicar na PF”, e que a posse de tantas informações pessoais, mesmo que públicas e expostas, poderiam trazer dor de cabeça.

Imagem: Saksham Choudhary (Pexels)