A Uber vem tomando várias medidas para que a companhia de compartilhamento de viagens e entregas (finalmente) dê lucro. Dara Khosrowshahi, que assumiu a posição de CEO do Uber em 2017, disse que até o final do ano a companhia vai sair do vermelho. Após dar prejuízo ano após ano, a Uber deve “atingir uma medida de lucratividade ajustada (lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização)” até o final de 2021, segundo o Business Insider.
O problema é que para atingir esse ponto, quem acabou sendo penalizado foram os motoristas e entregadores do aplicativo. Nos primeiros anos, a Uber oferecia preços mais baixos, descontos e bônus para usuários e motoristas. Agora que a empresa se solidificou em diversos mercados, eles estão aumentando os preços e diminuindo a porcentagem que vai para motoristas e entregadores. “A era de crescimento a qualquer custo acabou”, disse o CEO da Uber no ano passado.
Saída de mercados problemáticos e redução de pessoal
Outra medida tomada pela Uber é deixar mercados onde a companhia não conseguiu se tornar líder em compartilhamento de corridas ou entrega de comida. A Uber saiu do Egito e do Sudeste Asiático, além de vender o Uber Eats na Índia, já que esse ramo da companhia estava dando prejuízo por lá. A empresa também se desfez de seu negócio de bicicletas e patinetes de aluguel, assim como de seu projeto de táxi aéreo.
Também visando dar lucro e atrair investidores, a Uber demitiu mais de 20% de seus funcionários nos últimos dois anos. Como Khosrowshahi disse em 2020: “Em um mundo onde os investidores exigem cada vez mais não apenas crescimento, mas crescimento lucrativo, a Uber está bem posicionada para vencer por meio da inovação contínua, excelente execução e escala incomparável de nossa plataforma global”. E uma certa exploração da sua mão de obra, eu acrescentaria.
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