O Facebook tefve uma manhã agitada nesta quinta-feira (7/01). Após anunciar o banimento, por ora provisório, da conta de Donald Trump, a rede social teria vetado discussões entre seus funcionários sobre o assunto. A plataforma bloqueou o perfil do presidente dos Estados Unidos após mensagens incitando as manifestações que culminaram na invasão ao Capitólio na tarde da última quarta-feira (6).
Na verdade, de acordo com o BuzzFeed News, a rede social de Mark Zuckerberg começou a proibir conversas entre seus funcionários sobre esse tipo de assunto antes mesmo de anunciar o bloqueio.
Aparentemente, o fórum dos administradores do Facebook estava cheio de mensagens discutindo se a plataforma deveria ou não decretar o banimento da conta de Trump. Nas conversas ainda haviam críticas a falta de velocidade em impedir a propagação das mensagens de ódio.
Isso teria incomodado alguns dos diretores da rede social que pediram que esse assunto fosse proibido no fórum de seus funcionários. Em contato com o BuzzFeed Ness, o porta-voz Liz Bourgeois disse apenas que “funcionários do Facebook estão ativamente discutindo internamente os horríveis eventos de hoje”. O comunicado vem após o anúncio do Facebook sobre o banimento da conta de Trump.
Facebook criticado
A rede social enfrenta diversas críticas por ser considerada permissiva com discursos de ódio e fake news. Desde a eleição presidencial americana de 2016, quando Trump foi eleito, o Facebook é apontado como um dos principais responsáveis pela desinformação de muitos eleitores.
Entre os críticos está o bilionário Elon Musk, o CEO da Tesla, que compartilhou hoje uma imagem de um homem com uma sequência de dominós. Sendo que o primeiro foi rotulado de “site para avaliar as mulheres no campus” e, o último, em alusão aos manifestantes que invadiram o Capitólio. “Isso é chamado de Efeito Dominó”, sintetizou Musk.
Apesar de não ter citado nominalmente o Facebook, a referência é clara, pois o site foi criado por estudantes da Universidade de Harvard com o objetivo citado. Hoje, a rede é acusada de disseminar informações falsas, muitas delas vindas do presidente Donald Trump.
Ainda nesta quinta-feira (7), a companhia removeu de sua plataforma e do Instagram um vídeo do (ainda) presidente dirigido aos apoiadores. Além de sua postagem subsequente sobre suposta fraude no resultado da eleição presidencial dos EUA. Ainda hoje, o Facebook denunciou a ação e anunciou novas atualizações em sua política de moderação de conteúdo, entre elas o banimento de contas suspeitas, como a de Trump.
O posicionamento foi feito em publicação da companhia denominada “Nossa resposta à violência em Washington”, assinada por Guy Rosen, vice-presidente de integridade do Facebook e Monika Bickert, vice-presidente de Gestão de Política Global.
Via BuzzFeed News