A empresa chinesa de comércio eletrônico Jingdong (JD.com) se tornou a primeira loja do país a aceitar a criptomoeda chinesa, chamada Yuan digital, como opção de pagamento. A loja online foco em tecnologia firmou uma parceria com o Instituto de Pesquisa de Moedas Digitais do Banco Popular da China.
Numa jogada pioneira, a JD.com se tornou a primeira loja online que aceita a criptomoeda chinesa. A criptomoeda chinesa é emitida e controlada pelo Banco Popular da China (PBoC), o que equivalente aqui ao nosso Banco Central.
A JD se junta a outras grandes empresas chinesas como a DiDi Chuxing (mais conhecida como o Uber chinês), a plataforma de streaming Bilibili e a maior plataforma de atacado e entrega da China, a Meituan Dianping. Todas são parceiras do PBoC na condução de pilotos para a moeda digital.
Yuan digital
Inicialmente, o plano era lançar uma criptomoeda chinesa com estímulos que ela fosse usada pelas principais empresas do país. Mas as ambições da criptomoeda chinesa cresceram e o objetivo agora é ultrapassar fronteiras, já que ela é vista como uma arma para quebrar o domínio do dólar americano sobre o sistema financeiro global e ganhar uma posição maior nos padrões de gastos dos consumidores.
A expectativa é de que o Yuan digital torne as transações mais fáceis e seguras. Além de ajudar quem não tem acesso a contas bancárias e outros serviços financeiros tradicionais a comprar os itens de primeira necessidade. A criptomoeda chinesa não se assemelha ao bitcoin, mas é notório que seu objetivo é concorrer com moedas digitais privadas, como o próprio e o recém-renomeado Diem do Facebook.
A trajetória do Yuan digital
A China iniciou o lançamento do Yuan digital neste ano, mas já vinha trabalhando na iniciativa há mais de 5 anos. De acordo com o programa piloto do atual governo em colaboração com o PBoC, será realizada a segunda loteria digital. Serão no total de 10 milhões de Yuans digitais, a serem distribuídos para 50 mil chineses selecionados de forma aleatória através de um esquema transparente: a loteria da cidade de Shenzhen, no sul da China.
O Ministério do Comércio da China também já anunciou seus planos de expandir os testes com para as províncias de Pequim, Tianjib e Hebei. Projetos-piloto também foram implementados na área da Grande Baía de Hong Kong, que consiste em nove cidades, incluindo Guangzhou, Shenzhen, Hong Kong e Macau.
Até agora, foram gastos US$ 2 bilhões de Yuans nos projetos de testes em quatro cidades. Mas, a expectativa do governo chinês é que se o programa for expandido para todo o país como é a proposta, em pouco tempo a China pode tornar a sua moeda digital nacional a mais poderosa do mundo.
Via Gizmochina.