A Apple resolveu diversificar sua produção e pediu para a Foxconn, maior fabricante de componentes da marca, para levar parte da produção de iPads para Bac Giang, no nordeste do Vietnã.
A ideia de tirar o foco da China é justamente para evitar um prejuízo ainda maior por conta da guerra comercial que vem sendo travada entre o governo local e o governo dos EUA Unidos desde o início do ano passado, e que aumentou com as sanções impostas pelo atual presidente dos EUA, Donald Trump.
Um membro do alto escalão da Apple foi ouvido pela Reuters sob condição de anonimato. De acordo com ele, a transferência de parte da linha de fabricação de iPads para o Vietnã pela primeira vez é apenas uma das atitudes que a empresa tomará em 2021.
“A Foxconn está construindo linhas de montagem para iPads da Apple e para MacBooks em sua fábrica na província de Bac Giang, no nordeste do Vietnã, para entrar em operação no primeiro semestre de 2021”, confirmou.
Foxconn vai investir no Vietnã para atender demanda de iPads
A fonte ouvida pela reportagem da Reuters confirmou também que a Foxconn investirá cerca de US$ 270 milhões (R$ 1,44 bilhões) para criar uma subsidiária. A empresa deve ser chamada de FuKang Technology. A ideia é impulsionar a produção no Vietnã e, com isso, atender à demanda da Apple na produção de iPads.
Além do Vietnã, a ideia da Foxconn também é aumentar a produção de produtos da Apple na Índia e no México. A fabricante estaria disposta a investir até US$ 1 bilhão nestes países (R$ 5,36 bi), a pedido da própria Apple.
A Pegatron, maior produtora de iPhones para a Apple, também seguirá o caminho da Foxconn e anunciou investimentos na casa de US$ 150 milhões (R$ 803 milhões) para a produção de iPhones na Índia. O curioso é que, há cerca de duas semanas, a empresa teve seus negócios suspensos pela Apple, pois estaria obrigando centenas de estagiários a fazerem hora extra para montar iPhones, burlando a lei em vigor na China.
Crédito da imagem: Robert Geiger (Flickr).
Via Reuters.