A Apple vai pagar US$ 113 milhões para encerrar as investigações conduzidas por um grupo de 34 estados norte-americanos – mais o distrito de Columbia – sobre o escândalo do “Batterygate”. De acordo com o jornal Washington Post, a empresa da Califórnia assumiu compromisso legal com os estados e prometeu maior transparência no futuro quanto às práticas de atualização em seu sistema operacional.
A crise do “Batterygate” estourou em 2017, quando a Apple admitiu uma política de redução deliberada no desempenho de seus smartphones antigos – como o iPhone 6S e 7 – como forma de preservar a vida útil da bateria. Como esta medida não era comunicada publicamente, a empresa sofreu acusações de praticar obsolescência programada. Falando sobre o acordo, o procurador-geral do Arizona, Mark Brnovich, afirmou que empresas como a Apple têm o dever de “dizer toda a verdade” quando adotam medidas que afetam seus clientes.
“As empresas de Big Tech precisam parar de manipular os consumidores e contá-los toda a verdade sobre suas práticas e produtos. Estou comprometido em responsabilizar essas gigantescas empresas de tecnologia se elas esconderem a verdade de seus usuários”, bradou.
Ainda segundo Brnovich, a Apple fazia com que os consumidores tivessem a sensação de que “a única forma de melhorar o desempenho seria adquirir um modelo mais recente de iPhone”. Isso fez com que a empresa da Vale do Silício apelasse a “práticas injustas e enganosas” para potencialmente aumentar suas vendas anuais “em milhões de aparelhos”.
O acordo nacional que tirou US$ 113 milhões (o equivalente a R$ 560 milhões) reuniu investigadores egressos tanto do Partido Democrata quanto Republicano. A Apple não quis comentar sobre o caso e o pacto não exige uma prestação pública de culpa. Em 2018, a empresa ajustou configurações no iOS de modo que as práticas de gestão de energia fiquem mais claras para os usuários.
Via iMore.