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O iPhone 15 Pro mal chegou ao mercado e já está causando dores de cabeça para a Apple. A versão Pro do carro-chefe da empresa está enfrentando problemas de superaquecimento em diversos cenários, tornando-o praticamente impossível de ser manuseado.

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Essa questão foi destacada em análises do dispositivo, testes realizados pelo The Wall Street Journal e postagens nas redes sociais de usuários da China, Estados Unidos e Canadá. É importante observar que no ano anterior, o iPhone 14 Pro também enfrentou problemas semelhantes.

As altas temperaturas parecem ocorrer especialmente durante o carregamento do aparelho ou durante seu uso intenso, levantando preocupações de que a Apple possa precisar atualizar seu software para controlar o superaquecimento, o que, por sua vez, pode afetar o desempenho do sistema.

Nos últimos anos, os iPhones mais avançados têm enfrentado desafios financeiros, mas a Apple tem esperanças de que a nova versão do aparelho possa reverter essa tendência.

Reclamações:

Um estudante americano de 23 anos, chamado Thomas Galvin, proprietário de um iPhone 15 Pro Max, afirmou que seu aparelho está ficando “extremamente quente”. Diante dessa situação, ele está considerando devolver o dispositivo. O suporte da Apple alegou que o superaquecimento está relacionado à configuração do novo iPhone, no entanto, Galvin relata que a situação piorou nos dias seguintes, tornando o flagship “ainda mais quente que o iPhone 13 Pro Max”.

Outros usuários no Twitter e Reddit também relataram problemas semelhantes, com alguns afirmando que o aparelho esquenta a ponto de ser difícil de segurar. A jornalista do WSJ, Joanna Stern, mencionou em sua análise do iPhone 15 Pro Max que o dispositivo atingiu 41 °C enquanto estava em carregamento. Em testes subsequentes, a temperatura chegou a 44 °C durante o carregamento e uso intensivo, como jogos pesados.

Será o novo design o culpado?

Ming-Chi Kuo, analista da Apple na TF International Securities, que monitora a cadeia de suprimentos da Apple, sugere que os problemas de superaquecimento podem estar relacionados ao novo design mais leve do dispositivo, que pode não dissipar o calor tão eficientemente quanto os modelos anteriores. Ele também aponta que a nova traseira de titânio dos modelos Pro é problemática, pois o titânio é um péssimo condutor de calor, tornando difícil a dissipação do calor do dispositivo.

Apple iPhone 15 Pro Max (256 GB) — Titânio Azul (Imagem: Divulgação/Apple)

Em um teste realizado pela plataforma chinesa de informações tecnológicas DGtle, o aparelho atingiu uma temperatura surpreendente de 50 °C durante o download do jogo “Genshin Impact” via 5G. Essa temperatura se manteve alta durante 15 minutos de jogo em alta resolução.

Em outra postagem em uma rede social chinesa, uma usuária chamada Zengzeng reclamou que seu iPhone 15 Pro superaquece com frequência. Ela afirmou que estava tentando carregar o aparelho enquanto enviava mensagens de texto e de voz, atividades que geralmente não exigem muito do processador do smartphone. No entanto, o iPhone exibiu um alerta indicando que estava no modo “carregamento em espera” devido à alta temperatura.

Problemas de superaquecimento e a Apple: uma história antiga

A Apple tem enfrentado desafios relacionados ao controle de temperatura de seus dispositivos ao longo dos anos. No próximo ano, a empresa está considerando o uso de um novo material em sua placa de circuito impresso, tornando-a mais fina e melhor na dissipação de calor, de acordo com fontes próximas aos planos de suprimento da empresa. Fontes familiarizadas com o design do iPhone também indicam que modelos com entradas para chips de operadoras, vendidos em alguns países como Brasil e Índia, podem enfrentar ainda mais dificuldades na dissipação do calor.

Kyle Wiens, CEO da iFixit, um site de reparo de iPhones, sugere que outra possível causa do superaquecimento dos iPhones 15 Pro é o fato de o titânio ter menos massa para absorver o calor. Parafraseando Wiens, ele compara a situação à história de Ícaro, sugerindo que a Apple “voou muito perto do Sol e as asas começaram a derreter”.

Para concluir, Kuo aponta que a Apple pode resolver o problema por meio de uma atualização de seu sistema operacional, mas isso pode limitar as melhorias se a empresa não reduzir o desempenho do processador. Ele também destaca que, se a Apple não solucionar adequadamente esse problema, isso pode impactar negativamente as vendas ao longo do ciclo de vida do produto da série iPhone 15 Pro.

O The Wall Street Journal tentou entrar em contato com a Apple, mas a empresa se recusou a comentar o assunto.