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(Imagem: PixieMe / Shutterstock.com)

No início deste mês, a Meta optou por restringir a exibição de links de notícias no Facebook e Instagram no Canadá, como uma resposta a uma legislação que exigia que as gigantes tecnológicas remunerassem empresas de mídia por seus conteúdos nas plataformas. Contudo, os resultados indicam que essa medida não teve efeito discernível e não alterou o padrão de utilização do Facebook por parte dos cidadãos canadenses.

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Uso do Facebook não mudou no Canadá

  • Ao determinar a suspensão das notícias no Facebook, a Meta esclareceu que esses links constituem menos de 3% do material presente na rede social e não possuem relevância econômica.
  • Conforme revelam pesquisas comissionadas pela Reuters, essa declaração aparenta ser verdadeira.
  • Segundo dados fornecidos pela Similarweb, tanto a quantidade de usuários ativos quanto o tempo despendido no Facebook no Canadá permaneceram praticamente inalterados após a implementação do bloqueio.
  • Mesmo antes desse evento, os principais portais de notícias do país já vinham experimentando uma redução de cerca de 35% anual, acumulando uma queda de 74% desde 2020.
  • De acordo com a Data.ai, os indicadores relacionados à utilização da plataforma também não demonstraram mudanças notáveis desde o começo de agosto, quando ocorreu o bloqueio.
Meta bloqueou o acesso de notícias via links no Facebook no início de agosto (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Pagamento pelas notícias

A implementação do bloqueio teve início com a promulgação do Ato de Notícias Online pelo parlamento canadense. Essa legislação compeliria plataformas como o Google e a Meta a estabelecerem acordos comerciais com empresas jornalísticas para a utilização de seus conteúdos.

A líder de política pública da Meta no Canadá, Rachek Curran, manifestou-se contrariamente a essa medida, alegando que essas publicações jornalísticas fazem uso voluntário do Facebook e do Instagram para “expandir suas audiências e obter vantagens nos resultados”. Em outras palavras, ela argumentou que a relação entre as empresas seria mutuamente benéfica.

O Canadá discordou da postura adotada pela Meta. A ministra do Patrimônio do país, Pascale St-Onge, encarregada das conversas governamentais com as gigantes tecnológicas, comunicou por escrito que a ação da empresa é considerada “irresponsável” e que a empresa optou por evitar o acesso dos usuários a notícias, ao invés de “cumprir sua parte” financeiramente.

Meta e Google se opuseram a lei no Canadá (Imagem: Koshiro K / Shutterstock.com)

Respostas da Meta e Google

  • Em junho deste ano, tanto o Google quanto a Meta declararam a possibilidade de restringir o acesso a notícias no Canadá, caso a legislação prosseguisse – o que de fato ocorreu.
  • Ambas as empresas estabeleceram acordos com organizações de notícias. O Google chegou a argumentar que a legislação canadense era mais abrangente em comparação com leis promulgadas em outros países, devido à imposição de tarifas pelos links.
  • Por sua vez, a Meta sustentou que as notícias não possuem relevância econômica significativa no fluxo de conteúdo dos usuários do Instagram e Facebook, uma afirmação que se alinha com as descobertas recentes de pesquisa.
  • O primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, considerou tal argumento “prejudicial para nossa democracia e economia”.