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A parceria com a Xiaomi, firmada em 2019 e projetada para durar 30 anos, não chegou a completar dois. O fim foi sacramentado nesta sexta-feira (26/03), com a saída da Meitu (não confundir com a japonesa Meizu) do mercado de celulares. Os motivos oficiais para o rompimento precoce do contrato não foram divulgados, mas, basta um olhar atento aos números das vendas da Meitu para entender o posicionamento da empresa.

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E tem a ver com possivelmente você nunca ter ouvido falar da marca. Em cinco anos de vida, a Meitu teria conseguido vender somente 3,5 milhões de celulares no mercado, e o fraco desempenho teria forçado a saída antecipada. O único modelo desenvolvido por ambas, aliás, foi o Xiaomi CC9 Meitu Pro, pouco badalado, e que acabou prejudicado pela explosão da pandemia do novo coronavírus, no ano passado. A Xiaomi, por outro lado, disparou em vendas na maioria dos continentes em 2020.

As configurações do smartphone da Meitu, no entanto, tinham potencial para não fracassar e manter a parceria (e a empresa) sem que a saída do mercado de celulares fosse necessária. Ele foi o primeiro do mundo a ter um sensor de 108 megapixels em seu conjunto óptico, que era formado por quatro câmeras, contendo ainda uma ultra-wide de 20 MP, uma tele de 12 MP e uma telefoto com zoom digital de até 50x. Interessante, não?

Das selfies às criptomoedas

Imagem mostra modelo de celular feito em parceria pela Meitu com a Xiaomi. Empresa afirmou que sai definitivamente do mercado de celulares

Antes de se aventurar no mercado de celulares, a Meitu tinha como foco o desenvolvimento de softwares voltados para a selfies. A principal missão, segundo o slogan da empresa, era “inspirar mais pessoas a expressarem suas belezas”. E foi por isso que ela buscou levar seu algoritmo dos aplicativos para os celulares desenvolvidos em parceria com a Xiaomi, uma das maiores empresas do setor.

Além do pouco sucesso nas vendas, o que teria levado a Meitu a confirmar que sai do mercado de celulares foi um problema recorrente a outros aplicativos no momento: a privacidade. A empresa estaria sendo acusada de solicitar muitas informações aos usuários para o uso de seus apps por estar, supostamente, compartilhando os dados com terceiros, algo que ela negou veementemente.

Depois de anunciar que sai do mercado de celulares, a Meitu, agora, deverá mudar o foco para outra área: a de criptomoedas. Segundo o site Token Hell, a empresa já tem US$ 91 milhões (R$ 517 milhões) aplicados em ativos, tanto em Bitcoins quanto em ETHer. De acordo com a reportagem, o executivo da empresa estaria convencido de que o mercado de criptomoedas ainda é jovem, semelhante ao mercado de internet móvel há dezesseis anos e, portanto, valeria o alto investimento.

Via Tech Radar

Imagem: Gerd Altmann/Pixabay/CC