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Uma gerente sênior do departamento de serviços web da Amazon está processando a empresa e dois executivos por racismo e outras injúrias. Charlotte Newman abriu o processo na segunda-feira (01/03) em Washington, EUA, após passar por situações que discriminação contra ela por ser mulher negra.

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Em reportagem do jornal USA Today, Charlotte comenta que começou a sofrer o mal tratamento a partir de sua contratação. Formada em Harvard e já tendo trabalhado com o senador americano Cory Booker, ela foi contratada para uma função inferior à qual havia se candidatado. Com pouco tempo de empresa, passou a ter que lidar com funções associadas a uma posição superior, sem a devida promoção.

No âmbito da convivência com outros trabalhadores da Amazon, a gerente enfrentou outras situações de racismo. Um dos executivos se referiu a ela como agressiva, muito direta e assustadora com termos velados referenciando à cor de sua pele. Outro colaborador da empresa a assediou sexualmente e, em uma determinada situação, puxou as tranças da mulher. Ambos são réus no processo.

Problema sistêmico

A empresa com sede em Seatle alega ter um programa de inclusão e diversidade. Inclusive, antes de ser processada por racismo, a Amazon demonstrou apoiar o movimento de luta racial Vidas Negras Importam em 2020. Essas ações, aparentemente, são meramente públicas e, talvez, busquem apenas o chamado “capital social”. Ou seja, a empresa toma medidas ditas inclusivas para gerar engajamento de pessoas mobilizadas com causas sociais e, assim, ganhar dinheiro.

Em grande reportagem produzida pela Recode, a gerente de diversidade da empresa, Chanin Kelly-Rae, comentou que a Amazon tem problemas estruturais que dificultam a vida de profissionais negros ou de outras minorias sociais. Kelly-Rae, que já havia trabalhado com o governador do estado de Washington, assumiu o cargo na multinacional em 2017, mas pediu as contas com dois anos de firma por sentir que não era ouvida quando apontava meios de solucionar tais problemas.

E a experiência de Chanin Kelly-Rae ganha eco em outras ocasiões em que a Amazon demonstrou uma posição, no mínimo, equivocada. Enquanto seus funcionários se organizam para elaborar um sindicato e lutar por direitos, com sinalização positiva de Joe Biden, a firma de Jeff Bazos parece querer coibir essa articulação.

Via Reuteurs

Imagem: Bryan Angelo (Unsplash)