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O lance de você navegar pela internet hoje é: não dá para ir em qualquer página sem saber com certeza que alguém não esteja roubando seus dados. E não estamos falando aqui de possíveis golpes ou vazamentos de informações pessoais. Só o que você interage na internet já é de interesse para anunciantes.

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Embora não seja possível saber com toda certeza quando estes dados estão sendo roubados, dá pra ter uma noção se observar os aspectos certos. Por isso, reunimos algumas dicas para ajudar você a se proteger das forças malignas dos anúncios indesejados.

Ética que engatinha

Vale lembrar que que nem toda coleta de dados tem algum fim nefasto. Enquanto algumas empresas podem usar as informações para manipular suas decisões e até posicionamento político, aprender o que o usuário quer poderia ajudá-lo à tomar decisões melhores.

O verdadeiro problema é que, em uma coleta de dados verdadeiramente ética, o usuário sabe exatamente quando e para quê suas informações estão sendo reunidas. Mais ainda, nela, o usuário poderia optar por parar de cedê-las à qualquer momento.

A gente bem sabe que essa não é assim que aprendemos a navegar pela internet. Quanto mais velho o usuário, maior a desconfiança de tudo e de todos – como confiar, afinal, se o Google pode estar coletando dados até de seus filhos?

Vigiando a porteira

Para saber quem é que pode estar roubando seus dados, o primeiro passo é monitorar as atividades do seu servidor DNS. Por padrão, as conexões à rede utilizam o servidor DNS da provedora de internet para direcionar o seu tráfego de dados.

É bom lembrar que certos apps podem burlar completamente o seu filtro de DNS usando protocolos externos de conexão, ou ainda, criptografando a própria conexão. Nesse caso, você precisa confiar na procedência do aplicativo.

Para proteger sua internet, é necessário instalar um filtro de DNS, que exibirá a quais páginas externas seus dispositivos estão conectando, mesmo que você não esteja acessando-as. À partir do filtro, você pode bloqueá-las.

Filtros DNS

No computador, é possível instalar um filtro externo como o Pi-Hole, por exemplo – embora isso exija um pouquinho de programação e um Raspberry Pi. Ou ainda, instalar um aplicativo, como um dos pacotes do OpenDNS.

Nos celulares, a coisa é um pouquinho diferente. Considerando que o dispositivo móvel pode conectar a diversas redes, o filtro precisa estar localizado no próprio celular. Para os aparelhos Android, existe o Personal DNS Filter, que além de permitir escolher quais endereços acessam seus dados, permite o mesmo controle com aplicativos também.

print do aplicativo no celular

Créditos: Reprodução (Zenz Solutions)

No iOS, uma das opções é o DNS Safety, embora sua instalação seja mais espinhosa: para os iPhones, é necessário mudar para o modo supervisionado (o que reseta o aparelho completamente) e instalar o TestFlight na Apple Store. Para os Macs, é preciso usar o Apple Configurator.

Via PocketNow

Imagem: Amir Kaljikovic (Shutterstock)