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O Instagram anunciou hoje no blog oficial que está endurecendo sua política para combater discursos de ódio em mensagens diretas, mais conhecidas como DM. Mesmo que esse seja um espaço privado para conversas, quem cometer abusos será punido.

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Atualmente, quando um usuário reporta uma mensagem de ódio recebida via DM, o emissor da injúria será impedido de mandar mensagens por um tempo indeterminado. Depois da nova atualização, se a pessoa tornar a emitir comentários violentos, terá o perfil banido da rede social. Além disso, o Instagram também irá identificar novas contas criadas como forma de violar a restrição de mensagens anterior para poder excluir.

O release da empresa comentou que em outros espaços, como comentários, fotos, stories e etc, existem mecanismos de inteligência artificial capaz de identificar e punir discurso de ódio. Já as mensagens diretas são para trocas privadas e o Instagram ainda não aplica nenhum recurso de filtro nesse ambiente.

Assim, a empresa acredita que a única forma de punir ações violentas em DMs é pela denúncia. Caso o usuário queira ele pode tentar evitar o recebimento de mensagens ofensivas com o uso de filtros. A empresa vai oferecer a todos os usuários a possibilidade de vetar automaticamente mensagens diretas de contas que não seguem o perfil, algo que já era possível nas contas de empresas.

O estopim

O caso que motivou essa atualização para combater discurso de ódio na DM, segundo o próprio Instagram, ocorreu com Anthony Martial e Axel Tuanzebe. Os dois são jogadores de futebol do Manchester United passaram a receber DMs com mensagens racistas após a derrota do time em uma partida no final de janeiro deste ano. Segundo o jornal inglês Daily Mail, o clube precisou reforçar a segurança dos esportistas.

As agressões alarmaram as autoridades locais e geraram repercussão. O próprio príncipe William, que é o presidente da Associação de Futebol da Inglaterra, comentou em seu perfil no Twitter “seja no campo, na arquibancada ou nas redes sociais – [racismo] é desprezível e precisa acabar”.

Via The Verge

Imagem: Asiandelight/Shutterstock