No começo do ano, a Motherboard entrevistou vários usuários da “jaula peniana” smart Cellmate, um tipo de brinquedo erótico, que receberam mensagens de um hacker exigindo dinheiro para destrancar seus aparelhos.
Esse tipo de acessório faz parte de um nicho específico desse mercado, e nesse caso o brinquedo da companhia chinesa Qiui podia ser controlado remotamente por um app. Os primeiros entrevistados tiveram a sorte de não estar usando a jaula quando receberam o pedido de resgate.
Mas esse não foi o caso de Sam Summers. Como a vítima relatou numa segunda matéria da Motherboard, quando recebeu a primeira mensagem do hacker, ele pensou ser uma brincadeira erótica da parceira. Ela tinha o controle da jaula, que ele estava realmente usando, pelo aplicativo. Summers ligou para a parceira, que para seu desespero, respondeu que não foi ela que mandou a mensagem. Nesse momento, ele percebeu que a jaula não tinha um jeito manual de ser destrancada.
Problema persistiu mesmo com o resgate pago
Em pânico, Summers mandou o resgate exigido pelo hacker do brinquedo erótico, US$ 1 mil em bitcoin. Como ele tinha um saldo, resolveu fazer o pagamento, mas após receber o dinheiro, o hacker pediu mais. Nesse ponto, ele percebeu que teria que resolver as coisas com as próprias mãos.
Sua parceira comprou um cortador de parafusos, e tentou abrir o aparelho, mas não tinha força suficiente. Summers acabou tendo que quebrar a jaula ele mesmo, e conseguiu, mas acabou se machucando no processo. Segundo ele, não foi um ferimento sério, mas ele não pode ter relações por mais de um mês.
Como Alex Lomas, pesquisador de segurança da Pentest Partner, disse sobre o caso: “Quase todo produto (smart) vai ter uma vulnerabilidade enquanto durar. Talvez não tão ruim como essa, mas sempre tem alguma coisa”. Considerando isso, é sempre bom tomar cuidado com a internet das coisas, principalmente quando se trata de brinquedos eróticos e uma parte tão sensível do seu corpo.