A ameaça do Google de deixar a Austrália, caso a proposta de lei que obriga empresas de mídia a pagarem por notícias, trouxe esperança à Microsoft, que acredita que poderá tornar o Bing o grande site de buscas da região.
Assim como ocorre no Brasil, o Bing está disponível na Austrália, mas quase ninguém usa. No país, o navegador da Microsoft ocupa 3,62% do mercado de sites de buscas, que é liderado pelo Google, com 93% de uso, segundo o ministro das comunicações, Paul Fletcher.
Fletcher contou para a imprensa que o governo australiano foi procurado pela Microsoft, que demonstrou seu interesse em crescer no continente. A novidade foi confirmada pelo primeiro-ministro australiano, Scott Morrison: “posso dizer que a Microsoft está muito confiante”, disse ele a repórteres, citando a conversa que ocorreu entre ele e o CEO da Microsoft, Satya Nadella.
Entenda o caso
O governo da Austrália quer que Google e Facebook paguem as empresas jornalísticas locais para divulgar suas notícias. Representantes do Google se reuniram com senadores e membros da comissão responsável pelo projeto de lei para argumentarem sobre os termos, que consideram injustos.
Diante da inflexibilidade do governo, o Google emitiu um comunicado oficial divulgando os motivos pelos quais considera os termos da proposta parciais e a intensão de sair do país se o projeto de leitor aprovado.
O senado da Austrália fez um estudo que indicou que o Google é detentor de mais da metade dos lucros vindos de anúncios na internet do país, seguido do Facebook, deixando uma pequena parcela para as empresas locais.
Via Android Authority e The Guardian
Foto RiverNorth Photography / IStock Photos