Nos últimos meses, parece que as Big Techs estão cada vez mais enrolada com a justiça pelo mundo. Agora, a National Labor Relations Board (NLRB) dos EUA está acusando o Google de demitir funcionários que tentaram organizar um sindicato. A NLRB é uma agência federal independente de proteção do direito de negociação coletiva dos trabalhadores, e também aborda práticas de trabalho injustas.
A NLRB assumiu o caso de dois funcionários demitidos pelo Google ano passado. Kathryn Spiers foi demitida por acrescentar uma notificação em pop-up numa versão interna do Chrome. O pop-up lembrava os colegas de trabalho do seu direito de se organizar. A justificativa do Google foi que “a funcionária abusou de acesso privilegiado para modificar uma ferramenta de segurança interna”.
No segundo caso, Laurence Berland foi demitido por ver calendários de colegas. Berland estava envolvido na organização de funcionários contra uma parceria do Google com uma firma de consultoria anti-sindicatos.
Ontem, uma das líderes da Equipe de Inteligência Artificial Ética, Timnit Gebru, tuitou que foi demitida por causa de um email enviado para o Brain Women and Allies, um grupo interno de organização de funcionários. Segundo Gebru, o Google disse aos subordinados diretos dela que ela tinha se demitido, algo que ela mencionou de passagem no email caso a empresa não aceitasse algumas das condições sendo discutidas.
I was fired by @JeffDean for my email to Brain women and Allies. My corp account has been cutoff. So I've been immediately fired 🙂
— Timnit Gebru (@timnitGebru) December 3, 2020
Funcionários do Google já acusaram anteriormente a companhia de retaliar contra empregados que tentam formar sindicatos ou se organizar, ou mesmo dar queixas de problemas no local de trabalho. Além disso, funcionários da companhia vêm se manifestando contra trabalhar com o Departamento de Defesa e agências de imigração, como o ICE, nos EUA.
Via Engadget