A Tecno Mobile, uma fabricante chinesa, vai lançar uma nova linha de celulares na Índia. A partir de 4 de dezembro, os celulares Pova da marca vão estar disponíveis com exclusividade na loja online indiana Flipkart. A Tecno ainda não deu as especificações exatas dos celulares Pova na Índia, mas divulgou vídeos mostrando os aparelhos.
Celulares para o povo
Focando principalmente no mercado subsaariano, a Tecno começou a vender aparelhos na Nigéria em 2008, e em menos de dez anos tomou o lugar da Samsung como a principal vendedora de celulares do continente africano. A empresa vende celulares comuns e smartphones em países como Quênia, Gana e Etiópia, com modelos básicos saindo por US$20.
Segundo Zhu Zhaojiang, fundador da Transsion Holdings, proprietária da Tecno, o sucesso da marca na África foi alcançado ouvindo o consumidor local. Como ele disse ao Global Times, um jornal estatal chinês: “No passado, empresas que fizeram negócios na África não gastaram muito com pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas mercados emergentes exigem mais esforços de P&D”.
Num dos seus exemplos de sucesso em pesquisa de mercado, a Tecno lançou celulares com SIMcard duplo na África em 2008. Um dos problemas enfrentados pelos usuários na Nigéria era a necessidade de ter mais de um celular com SIMcards diferentes, para ter a melhor conexão e pagar menos em áreas com falhas na cobertura. Celulares Tecno com entrada para dois SIMcards resolveram esse problema, e hoje a marca tem até aparelhos com quatro SIMcards.
Outro diferencial da Tecno para os concorrentes na África: câmeras de celular desenvolvidas para melhor exposição para tons de pele escuros. A Transsion investiu pesado na pesquisa dessa função, analisando milhares de fotos de africanos e os diferentes tons de pele dos locais.
A companhia chinesa também foi a primeira empresa a introduzir teclado em amárico, a principal língua da Etiópia, nos celulares vendidos no país.
Agora, a Tecno está tentando conquistar outros mercados emergentes como Paquistão, Bangladesh e Índia, provavelmente prestando a mesma atenção nas preferências e orçamentos dos locais. Quem sabe um dia o Brasil caia em seu radar. Mercado, certamente há.
Via gsmarena