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Em um movimento controverso, a Samsung declarou que vai criar “novos” empregos nos EUA em apoio à eleição de Biden. O gesto gerou algumas interpretações dúbias: tem que acredita num sinal de desaprovação a Trump; mas, tudo pode ser apenas um ato diplomático.

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O que torna a situação mais complexa é que os ditos novos empregos já vem sendo oferecidos mesmo durante o governo Trump. Mesmo assim, a empresa coreana sempre se posicionou de forma a não se alinhar com o então presidente.

Um pouco de contexto

A Samsung enfrentou algumas situações diplomáticas, no mínimo, delicadas com o ex-presidente dos EUA. No ano de 2017, Donald Trump agradeceu à marca no Twitter citando uma notícia que informava os planos de construir uma nova fábrica em solo estadunidense. Oficiais da Samsung responderam publicamente da seguinte forma:

Nos sentimos pressionados pelo agradecimento a Samsung porque nada foi confirmado ainda […] planos para novos investimentos como construir uma unidade fabril levam um tempo considerável. Mas, com o comentário antecipado do Presidente, poderíamos ser vistos como desistentes de um plano sobre o qual ainda nem nos decidimos.

Já em 2019, Trump atacou novamente ao oferecer isenções tributárias a Apple em um ato claro de protecionismo econômico frente à concorrência da marca da Coreia do Sul.

Histórico da Samsung

Mesmo com os conflitos vivenciados ao longo do governo Trump, ainda é arriscado dizer que o posicionamento da empresa seja contra o ex-presidente. Não só pelo fato de que a Samsung planejou construir uma fábrica nova durante o mandato, mas pelo histórico político da empresa.

Lee Jae-yong, vice-presidente da marca sul-coreana, se envolveu em escândalos de corrupção em seu país natal. A situação se agravou devido ao fato da companhia de celulares ter tido relações próximas com a família real da nação. 

Ao que tudo indica, os líderes da Samsung podem não ter aprovado a administração de Donald Trump, mas os empregos nos EUA em apoio a Biden podem ser um gesto de diplomacia para começar boas negociações no futuro. Afinal, após sair da cadeia por seu envolvimento com a nobreza coreana, tudo o que Lee pode desejar é distância de confusão política.

Via Sammobile.