Uma investigação da publicação iDropnews mostra que a especificação de luminosidade máxima de HDR do iPhone 12 e iPhone 12 Pro não é a mesma divulgada pela Apple.
A empresa da maçã informa em seu site que o brilho HDR máximo para ambos os modelos é exatamente o mesmo, de 1200 nits. Porém, o brilho máximo medido em laboratório foi fixado em 625 nits para o iPhone 12 e 800 nits para o iPhone 12 Pro.
(Nits, ou candelas por metro quadrado, são unidades de iluminação usadas em fotometria.)
Parecia não haver uma maneira óbvia de explicar essa discrepância, Especialmente depois que o iFixit desmontou os dois modelos do iPhone 12 e descobriu que as telas realmente pareciam idênticas. A iFixit não foi adiante e não trocou os displays de aparelho para testar se funcionariam.
Luminosidade no iPhone 12 e 12 Pro: testes
Quem fez a descoberta acabou sendo uma empresa de reparos de equipamentos eletrônicos chamada Rewa. Fizeram a troca. Descobriram que o display Super Retina XDR OLED de um iPhone 12 pode sim, ser usado no iPhone 12 Pro. Além disso, confirmaram que o brilho máximo é de 800 nits no iPhone 12 Pro.
E, continuando os testes, colocar a tela do iPhone 12 Pro no iPhone 12 resultou um brilho máximo de apenas 625 nits.
A Rewa levou os dois modelos do iPhone 12 a vários testes para demonstrar que as telas trocadas continuaram a funcionar conforme o esperado, desde a sensibilidade ao toque e capacidade de resposta até coisas como sensores de luz ambiente.
Os testes não pararam nas telas. A empresa descobriu também que a maioria das outras peças eram trocáveis sem nenhuma diferença perceptível. Isso inclui o Taptic engine, a bateria e o conjunto do conector Lightning.
Mas por que a tela do iPhone 12 não tem o mesmo brilho?
Mesmo demonstrado empiricamente que a tela do iPhone 12 Pro atinge 800 nits de luminosidade (e não 1200, como diz a Apple), o pessoal da Rewa não conseguiu descobrir o motivo. Foi apenas especulado que poderia ser uma limitação vinda da placa-mãe, ou algo no próprio iOS.
A razão pela qual a Apple está fazendo isso permanece aberto a especulações. Alguns analistas de mercado sugerem que é jogada de marketing, para valorizar o modelo mais caro.
Mas pode ser exagerado. O iPhone 12 Pro já tem recursos e qualidades suficientes para que a Apple não precise dizer que o brilho é alto nas especificações.
Há outra teoria: a Apple sempre usou várias empresas para fornecer as telas de seus vários modelos de iPhone ao longo dos anos. Isso foi, em parte, para diversificar sua cadeia de suprimentos. É difícil fazer com que um único fabricante produza telas na escala que a Apple exige para acompanhar a demanda por dezenas de milhões de iPhones todos os anos. Isto é, que todas saiam do mesmo lugar.
Na época em que o iPhone original foi lançado, lá em 2007, isso geralmente resultava em diferenças marcantes entre as unidades. E, embora a cadeia de suprimentos da Apple tenha alcançado um nível de controle de qualidade alto, ainda haverá algumas distinções sutis entre as telas que vêm de diferentes fabricantes.
Meu palpite é que a Apple escolheu usar as telas com melhor qualidade e confiabilidade no iPhone 12 Pro. Provavelmente escolhendo telas de um único fornecedor confiável, como Samsung, por exemplo, para garantir a máxima consistência. Quanto ao iPhone 12, que a Apple esperava que fosse o modelo muito mais popular, provavelmente usa displays de vários fornecedores, e pode não ter sido possível para a Apple garantir que todos eles possam atingir a mesma consistência de de brilho máximo.
E, em vez de criar uma experiência entre diferentes unidades do iPhone 12, a Apple optou por limitar o brilho máximo da tela nesses modelos ao mínimo denominador comum.
via: iDropnews